quinta-feira, 9 de julho de 2015

Quando o site não vende



Por Rogério Kobal, 

Há uma afirmação cada vez mais sólida no momento atual de marketing: não há mais a separação em marketing digital e marketing off line, ou mídia digital e mídia tradicional. Simplesmente tudo é marketing. O multicanal abriu espaço para o canal unificado. Internet, mídia tradicional, ponto de venda, tudo está interligado.

Agora, o que liga tudo isso é a internet, e no caso de uma pequena empresa é o site dela. É com ele que a empresa irá mensurar de fato o resultado das ações de marketing digital e tradicional de forma sistemática, automática, produtiva. É você pode fazer isso de formas simples ou de formas complexas, extremamente na medida da sua necessidade.

Por isso, cada vez mais, cada centavo que você investe em marketing e propaganda pode ser medido em sua eficácia, ou seja, você consegue mensurar quantas visitas se tornam cadastros e quantos cadastros se tornam orçamentos e quantos orçamentos se tornam clientes com um determinado ticket médio de compra.

Você determina exatamente qual foi o custo de cada contrato fechado. Exatamente.

Se você ainda não faz isso ou se simplesmente por comodidade soma todo o investimento feito em marketing ( pesquisa, desenvolvimento de proposta e produto, propaganda, ações para produção de leads, etc… ) e divide pelo número de contratos fechados, ou compras realizadas, pode estar desperdiçando muito dinheiro pois, neste bolo de investimento, em média 30%, não serve para nada, não produziu nenhum lead, nenhum pedido de orçamento, foi apenas custo.

Você fez investimentos em internet, site otimizado para mecanismos de busca, faz links patrocinados, anúncio e fan page no facebook, tudo que está na moda, mas não fecha a venda. Tem visitas, e não tem pedidos de orçamento por telefone ou por e-mail. Afinal, o que é que está acontecendo?

Veja abaixo 4 características de um marketing meia boca que pode estar afetando o desempenho do seu negócio:


1. O site não segue regras básicas de SEO


Não adianta ter o site perfeito em termos de arquitetura da informação , visual e funcionalidades se ele não aparece nas primeiras páginas dos mecanismos de busca como o Google, para termos-chave relacionados com o segmento de atuação do seu negócio.

Se o seu site não obedecer estas regras, você terá que pagar links patrocinados para aparecer em boas posições que geram visitas ao seu site. Isso custa caro. Geralmente para fazer uma campanha de links patrocinados com foco em 1 grande cidade você irá gastar cerca de R$ 30 a R$ 50 por dia para termos-chave com uma boa concorrência. Há alguns termos que podem chegar até R$5,00 o clique enquanto outros ficam entre R$0,50 e R$0,70.

Resumindo, se não otimizar bem o site, somente terá tráfego se investir bastante em links patrocinados e em propaganda impressa.


2. O site tem as regras básicas de SEO, mas não tem visitas


Um site que seguiu as diretrizes básicas de SEO estará pronto para conquistar boas posições nos resultados se foi realizado um estudo detalhado de como os usuários buscam na internet o que sua empresa vende.

Não basta estar bem otimizado para a sua marca. É preciso estar bem otimizado para o jeito que os usuários pesquisam na internet. Do contrário, você não irá captar as visitas desta demanda existente e que realiza buscas muito específicas ( long tail) . Para isso é fundamental que o processo de análise do universo de palavras-chave seja feito com ferramentas adequadas, como por exemplo a ferramenta de palavras-chave do Google, aliadas a outros sitemas de desenvolvimento e monitoramento de campanhas de SEO.

Também é comum o cliente achar que já sabe qual é a palavra-chave principal do seu negócio e qual irá gerar visitas no site. Na grande maioria das vezes as palavras-chave intuitivas, que são aquelas que pensamos em primeiro lugar quando avaliamos como se busca na internet o que o a empresa vende, representam uma fração de toda a demanda de busca do seguimento que envolve a palavra-chave, que não necessariamente produzirá tráfego para o site.

É preciso trabalhar variações de sinônimos além de variações mais específicas em todo o conteúdo do site. Além disso é necessário produzir conteúdo único e de alta qualidade para o processo de decisão de compra do cliente.

Por exemplo, é uma regra básica uma página ter o mínio de 300 palavras em seu corpo e a densidade da palavra-chave, ser da ordem de 6%, ou seja, entre estas 300 palavras se deve ter 18 palavras-chave. Para que o texto faça sentido é preciso ter uma escrita racional, com começo, meio e fim e com a distribuição adequada das palavras-chave alvo em parágrafos, posições e formatações específicas no texto.

Também, não deixando de ser muito comum a configuração do arquivo robots.txt estar bloqueando o acesso dos mecanismos de busca ao mapeamento e indexação do site. Esta configuração equivocada pode se dar por desconhecimento ou até mesmo desleixo da empresa contratada para desenvolver o site.


3. O site tem SEO e visitas, mas.....


Começamos aqui a entrar um pouco mais na parte de marketing que diz respeito às responsabilidades do cliente na maioria dos casos.

Para um site converter visitas em resultados, seja o preenchimento de um cadastro, seja a solicitação de um orçamento por e-mail ou uma simples ligação em busca de informações, é preciso organizar a informação do site de modo que o volume de visitas que chega ao site seja orientado por um call to action objetivo, simples e claro.

O call to action nada mais é do que uma chamada clara orientada para o usuário com a ação que desejamos que ele faça. Clique aqui, peça um orçamento, cadastre-se, preencha o formulário e veja o preço, são alguns exemplos de ações que deverão ser aplicados dentro de um contexto específico com uma formatação visual específica em uma posição específica no seu site.

Esta organização de conteúdo orientada para a ação pode se denominada de Arquitetura da Informação. Há muita gente picareta no mercado que apenas organiza o conteúdo no site como se fosse um folder impresso. Este jeito de fazer marketing é da época dos dinossauros. O que manda hoje em dia é o conteúdo focado na solução dos problemas do seu cliente.

Você deve contar quais são os problemas que você deseja resolver e detalhar o perfil de quem tem estes problemas. Você deverá deixar claro o que o usuário precisa ter ou ser capaz de fazer para conseguir usufruir ao máximo o que você tem para oferecer. Você deverá deixar claro as faixas de preço que você trabalha ( se não quiser colocar isso no site, diga suas faixas de preço na primeira ligação ) para economizar o seu tempo e o tempo do seu cliente.


4. Meu site tem SEO, visitas, contatos de orçamentos mas não gera vendas.


Se todas as etapas anteriores foram bem feitas, é muito provável que a empresa não tenha um bom diferencial. Por conta disso acaba entrando em guerra de cotações de preço, pois o cliente não percebe por que valerá apena pagar mais pelo serviço ou produto oferecido.

Não tem marketing digital nem site otimizado que resolva o problema!

É preciso trabalhar o produto, entender as reais necessidades do cliente final, a faixa de preço que o público-alvo aceita pagar pelos benefícios oferecidos e claro, entender qual é o diferencial competitivo da empresa, produtos e serviços. É preciso ter muito claro o que somente sua empresa consegue oferecer e qual é o valor que merece ser pago por isso.

Se está difícil de você entender qual é este diferencial na sua empresa, o seu negócio terá como único diferencial a guerra de preço e quando se trata de guerra de preços sempre tem um cara afim de quebrar a empresa antes de você.

Por isso, se você tem demanda e não fecha vendas, seu portifólio está com produtos e serviços que não estão adequados às necessidades do público-alvo que você considera adequado, ou pelo menos gostaria de atender.

Marketing é o que se faz para vender melhor.

Se você não está vendendo melhor, você não está fazendo marketing. Ponto.



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